CEO da
Netflix crê em luta entre humanos modificados e robôs
Oli
Scarff/Getty Images
Inteligência
artificial: CEO da Netflix acredita em luta entre humanos e máquinas
São Paulo
– Reed Hasting, o CEO da Netflix, entrou para o grupo de executivos da
indústria de tecnologia que faz previsões sobre o futuro
da humanidade, ao lado de Steve Wozniak, Elon Musk e Ray Kurzweil.
O executivo-chefe da Netflix acredita que o avanço
da inteligência artificial não vai resultar em
um domínio das máquinas sobre os humanos, mas que nós poderemos combatê-los com
modificações genéticas que nos tornarão mais inteligentes e saudáveis.
"Algumas pessoas se preocupam com o que vai
acontecer quando a inteligência artificial se tornar muito forte. Isso é como
se preocupar com a nossa colônia em Marte e com as pessoas que estarão acima do
peso por lá. Podemos lidar com isso depois", afirmou Hastings, na conferência DLD, realizada em Munique, na
Alemanha, nesta semana.
Antes de ser cofundador da Netflix, Hastings era
engenheiro da computação e trabalhava com inteligência artificial.
"O futuro da inteligência é uma corrida entre
as formas de vida baseadas no carbono e as formas de vida baseadas no silício.
As duas estão evoluindo rapidamente. Não está claro qual tipo de ingeligência
vai emergir dominante dentro de 100 ou 150 anos", declarou o CEO da
Netflix.
Hastings, entretanto, enfatiza que ainda estamos no
princípio do uso da inteligência artificial, como, por exemplo, no algoritmo de
recomendação de filmes e séries do serviço de sua empresa. Por isso, ele pensa
que é complicado prever mais adiante do que 15 anos no futuro.
Elon Musk, o bilionário sul-africano à frente da
Tesla e da SpaceX, chegou a doar mais de 10 milhões de dólares para que as
máquinas não se tornem más no futuro.
Stephen Hawking já declarou mais de uma vez sua preocupação com a sobrevivência da
humanidade frente ao avanço da inteligência artificial. "Os
humanos, limitados pela evolução biológica lenta, não conseguiriam competir e
seriam desbancados [pelas máquinas inteligentes]", disse Hawking, em
dezembro de 2014, durante entrevista para a BBC.
Em contrapartida, Mustafa Suleyman, o cofundador da
empresa de pesquisas sobre inteligência artificial do Google, chamada DeepMind, declarou,
em junho do ano passado, que a humanidade não precisa temer o futuro
da inteligência artificial.
"A maneira como pensamos sobre inteligência
artificial é que ela será uma ferramenta extremamente poderosa que controlamos
e direcionamos, dentro de seus limites de capacidade, assim como fazemos com
qualquer outra ferramenta que temos no mundo, sejam máquinas de lavar ou
tratores. Nós estamos criando isso para empoderar a humanidade e não para nos
destruir", disse o executivo à época.
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