Telas OLEDs finalmente ganham um píxel azul puro e eficiente
Com um píxel azul tão eficiente quanto os verdes e
vermelhos, é possível obter cores mais puras - incluindo um preto mais
profundo. |
Pode ter sido vencido o último
grande desafio para dar eficiência máxima aos monitores e telas que usam OLEDs,
ou diodos emissores de luz orgânicos: Uma fonte de luz azul que alcança o mesmo
desempenho das cores vermelha e verde.
Chin-Yiu Chan e seus colegas da
Universidade Kyushu, no Japão, sintetizaram OLEDs que produzem emissão de azul
puro com alta eficiência, mantêm o brilho por tempos relativamente longos e não
têm nenhum átomo de metal caro - um conjunto de propriedades nunca alcançado
até agora.
A inovação foi obtida quando Chan
dividiu os processos de conversão e emissão de energia entre duas substâncias
orgânicas diferentes.
Ao contrário das tecnologias de
LCD - o que inclui as telas de LEDs inorgânicos tradicionais -, que empregam
cristais líquidos para bloquear seletivamente a emissão de uma luz de fundo
filtrada cobrindo muitos píxeis, uma tela OLED usa píxeis separados de
vermelho, verde e azul. Cada píxel pode ser completamente ligado e desligado
individualmente, reduzindo o consumo de energia e produzindo pretos mais
profundos, o que ajuda a melhorar a qualidade da imagem.
Embora as telas de OLEDs
disponíveis no mercado usem emissores azuis estáveis, baseados em um processo
conhecido como fluorescência, eles apresentam uma eficiência máxima baixa. Os
chamados emissores fosforescentes podem alcançar uma eficiência quântica ideal
de 100%, mas geralmente apresentam tempos de vida operacionais mais curtos e
requerem metais caros, como irídio ou platina.
Hiperfluorescência
O que Chan e seus colegas fizeram
foi desenvolver duas moléculas orgânicas que emitem luz com base em um processo
que a equipe chama de "fluorescência retardada termicamente ativada",
que dispensa os átomos metálicos.
Adotando uma estrutura que
basicamente empilha dois componentes um em cima do outro, um feito de cada uma
das moléculas, a emissão de luz praticamente dobra para a mesma corrente
elétrica, um patamar de eficiência que a equipe chama de "hiperfluorescência".
Além disso, a vida útil quase
dobrou, com a equipe estimando que os dispositivos poderiam manter 50% de seu
brilho por mais de 10.000 horas.
"Embora isso ainda seja
muito curto para aplicações práticas, o controle mais rígido das condições de
fabricação geralmente leva a vidas úteis ainda mais longas. Portanto, esses
resultados iniciais apontam para um futuro muito promissor para esta abordagem
para finalmente obter um OLED azul puro eficiente e estável," disse o
professor Chihaya Adachi, cuja equipe já havia desenvolvido os primeiros materiais orgânicos que brilham no escuro e um laser orgânico, ou O-Laser.
Noticia: Inovação Tecnologica
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