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Além das aplicações industriais, a cerâmica é ideal para uso em naves espaciais e aviões hipersônicos. Material com mais alto ponto de fusão Pesquisadores russos desenvolveram um material cerâmico com o maior ponto de fusão entre todos os materiais conhecidos. Graças a uma combinação única de propriedades físicas, mecânicas e térmicas, o material tem potencial para ser usado nos componentes mais sujeitos ao calor dos aviões - como carenagens no nariz e interior dos motores a jato - e até dos futuros aviões hipersônicos, sem contar a ampla gama de aplicações industriais. "Por exemplo, reduzir o raio de arredondamento das arestas frontais das asas em apenas alguns centímetros leva a um aumento significativo na sustentação e na manobrabilidade, além de reduzir o arrasto aerodinâmico. "No entanto, ao sair e entrar na atmosfera, a superfície das asas de um avião espacial podem ser submetidas a temperaturas em torno de 2000 °C, chegando a 4000 °C. Assim, quando se trata de tais aeronaves, existe uma questão associada à criação e desenvolvimento de novos materiais que possam trabalhar em temperaturas tão altas," disse o professor Dmitry Moskovskikh, da Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia da Rússia. Háfnio O objetivo da equipe era criar um material com o mais alto ponto de fusão conhecido, sem perder as propriedades mecânicas que viabilizam seu uso prático. Eles partiram de um sistema triplo de háfnio-carbono-nitrogênio, uma cerâmica conhecida como carbonitreto de háfnio (Hf-CN), que uma equipe da Universidade Brown, nos EUA, havia previsto teoricamente como capaz de apresentar uma alta condutividade térmica e resistência à oxidação. Usando um método de síntese autopropagável a alta temperatura, a equipe russa conseguiu sintetizar o material HfC0,5N0,35 próximo à composição teórica, com uma dureza de 21,3 GPa, o que é ainda mais alto do que outros novos materiais promissores, como o ZrB2/SiC (20,9 GPa) e o HfB2/SiC/TaSi2 (18,1 GPa). Além da capacidade dos termômetros Mas, se nos cálculos tudo parece bem, certificar-se de ter atingido o recorde de maior resistência ao calor é bem mais complicado na prática. "É difícil medir o ponto de fusão de um material acima dos 4000 °C. Assim, decidimos comparar as temperaturas de fusão do composto sintetizado com as do 'campeão' original, o carboneto de háfnio. Para isso, colocamos amostras de HFC e HfCN compactadas em uma placa de grafite em forma de haltere, e cobrimos a parte superior com uma placa semelhante para evitar a perda de calor," detalha a pesquisadora Veronika Buinevich. A seguir, a equipe conectou o aparato a uma bateria usando eletrodos de molibdênio e colocou tudo em um ambiente de alto vácuo. Como a seção transversal das placas de grafite não é homogênea, a temperatura máxima foi atingida em sua parte mais estreita. Os resultados do aquecimento simultâneo do carbonitreto e do carbeto de háfnio mostraram que o carbonitreto tem um ponto de fusão mais alto do que o carbeto de háfnio, desbancando o campeão atual - embora as técnicas disponíveis não permitam dizer exatamente que temperatura o novo material suporta. O que se sabe é que o ponto de fusão específico do novo material está acima de 4000 °C. A seguir, a equipe planeja realizar experimentos para medir a temperatura de fusão por pirometria de alta temperatura usando um laser ou uma resistência elétrica. Eles também planejam estudar o desempenho do carbonitreto de háfnio em condições hipersônicas, o que será relevante para futuras aplicações na indústria aeroespacial. SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Material mais resistente ao calor que se conhece é sintetizado. 08/06/2020. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=material-mais-resistente-calor |
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